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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Obra de Maria Fumaça é interrompida em Campinas


Prefeitura rompe contrato e empresa fica com dinheiro. Segundo a contratada, R$ 900 mil foram pagos e não serão devolvidos

 Por Raoni Zambi - Campinas

Contratada em 2010, a obra para a construção da estação de trem e trilhos da Maria Fumaça, que deveria ligar a Estação Anhumas à Praça Arauto da Paz, no Taquaral, será interrompida. A Prefeitura de Campinas rompeu um contrato de R$ 2 milhões com a Maruca Comércio e Serviços. A empresa já recebeu R$ 900 mil e não deve devolver o dinheiro, embora as obras não tenham sido entregues.

A obra é bancada pela Caixa Econômica Federal, com contrapartida de R$ 500 mil da prefeitura. O contrato é referente à obra anunciada como fundamental para a expansão do turismo no município. A assinatura do acordo ocorreu em julho de 2010, na gestão do prefeito cassado Hélio de Santos Oliveira (PDT). A entrega do serviço está atrasada há um ano e cinco meses e não há previsão para o término.

A empresa, poucos meses depois do início da obra, pediu um aditamento de mais R$ 1,5 milhão no contrato, alegando problemas na execução do projeto inicial. A legislação permite aditamentos de no máximo 25% em obras públicas. A prefeitura informou ontem que apura as responsabilidades e quer saber se há motivos para processar a empresa responsável.

Previsão

Pela primeira previsão, as obras deveriam ser entregues em março do ano passado. Pelo serviço feito até agora, o engenheiro da obra, José Francisco Picarelli Gonçalves, disse que a construtora responsável recebeu R$ 900 mil. A Caixa foi procurada e informou que só hoje poderá confirmar a informação. A administração também não confirmou ontem os números apontados pelo representante da empresa.

Gonçalves relatou que foi feito parte da terraplanagem e um pedaço do viaduto. Falta terminar esses duas partes além da drenagem, vigas, plataforma de bilheteria e instalação dos trilhos.

Atraso

Agora, para terminar o serviço será necessário fazer outra licitação. Os trâmites burocráticos para uma licitação demoram em média três meses. Segundo Gonçalves, as obras levam pelo menos cinco meses para serem concluídas. Pelo cronograma no engenheiro, se não ocorrerem novos empecilhos, as obras podem ser entregues no mínimo em oito meses. Já a administração preferiu não dar uma data para a entrega do serviço.

“O projeto foi feito três anos antes do início das obras. Quando começamos a trabalhar, a situação do terreno estava muito diferente. Por isso, foi necessário fazer os aditamentos. No momento, a melhor solução foi romper o contrato amigavelmente”, disse Gonçalves.

Passeio

A obra prevê a expansão dos trilhos da Maria Fumaça que atualmente já circula por um trecho de 25 quilômetros entre Campinas e Jaguariúna. Com as obras, mais 2,5 quilômetros seriam incorporados à linha férrea. A Maria Fumaça é uma das principais atrações turísticas da região.


Fonte: Jornal Todo Dia de Americana/SP
 sinfer

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